(Originalmente publicado em devlog.waltercruz.com)
Uma das vantagens de se ter um domínio próprio é contar com uma série de ferramentas para ver estatísticas diversas, entre elas, como as pessoas chegam no seu site. É curioso ver o que as pessoas procuraram nos mecanismos de busca. A partir dessas buscas, resolvi responder a algumas delas e escrever textos sobre essas buscas aqui no site. E a primeira pergunta é: 'Compensa aprender python?'
Sou um fã da linguagem, logo, não posso dizer que minha resposta seja imparcial, embora eu esteja tentando sê-lo.
A resposta é: depende. As linguagens 'de mercado' agora são Java, .NET (esse, mais do que uma linguagem) e, concorrendo num terceiro lugar para web, PHP. Uma pesquisa num jornal de domingo, ou em sites de empregos revelará dezenas de vagas nessas linguagens, e pouquíssimas em outras linguagens como python ou ruby, ou até outras mais antigas, como perl.
Mas, se você trabalha com uma linguagem de tipagem estática e compilada (C ou Java, por exemplo) aprender uma linguagem de tipagem dinâmica e interpretada pode levá-lo a executar algumas tarefas mais rapidamente do que seria com uma outra linguagem. Isso porque, com python, você pode ir testando direto no console, a sintaxe da linguagem é fácil e ela tem baterias incluídas - uma porção de bibliotecas para fazer quase tudo o que você quer.
E python é uma linguagem de uso geral, ao contrário de PHP, que é voltada para web (apesar do PHP-GTK fazer um esforço noutra direção). Você pode escrever programas para web (Django e TurboGears são apenas duas formas dentre várias), para desktop, robôs de busca, e muito mais. Muitas vezes, os empregos disponíveis para as linguagens da moda são para 'apertadores de parafuso', ou como diria o Fábio Akita, mais tela de cadastro. Um conhecimento de uma linguagem que não seja a da moda, pode te levar a trabalhar com coisas mais legais (por exemplo, Lua, a preferida para script em jogos, ou Python no celular). Seu interesse em python (ou outra linguagem que não seja a 'de mercado', como lua, ruby ou lisp) pode sinalizar a seu [futuro] empregador que você gosta de fato do que faz e está interessado em aprender. A escolha de aprender python deve ser muito mais calcada numa decisão pessoal do que pela observação do mercado. Pelo menos, na observação do mercado brasileiro.
Sugiro também a leitura de: http://www.1bit.com.br/content.1bit/weblog/meu_caso_com_o_python_2
Voltando à organização com bullet journal
Há 6 meses